segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Seu maquinista, volte à ultima parada...

 pois foi lá que eu perdi meu chão.



Sempre acreditei naquela comparação dita por muitos na minha infância: A vida é como uma viagem de trem, nela entram pessoas que jamais imaginamos que iria entrar, nela existem pessoas sentadas longe de nós contra a nossa vontade, nela existem pessoas que jamais iríamos querer que desembarcasse. Por mais que isso cause uma imensa dor, a viagem delas uma hora acaba e elas são obrigadas a descer, obrigadas a partir e a deixar em sua cadeira vaga apenas a saudade, os grandes momentos e aprendizados.
Na manhã do dia primeiro de agosto desceu do trem um grande homem. Um exemplo de vida. Um exemplo de marido. Um exemplo de pai, de avô. Um lutador e sofredor.
Havia um semblante bom em sua face durante o velório, sinto que ele se foi sem sofrer, seu ultimo suspiro foi ouvindo bilhetes que sua mulher, e amada, mandou-lhe nas ultimas semanas e isso certamente fez com que ele fosse feliz apesar das dores.
O trem continua sua viagem, por mais que pareça que ele está quebrado. Ele continua, lentamente, se recuperando da pausa para o desembarque. Jamais esqueça quem desceu, pois ela certamente estará olhando por você em todos os lugares.




É, eu precisava escrever pra desabafar.