Eu, seca.
É a casa que guarda a água que a chuva queria fazer-me molhar,
É ela que encharca.
Eu, abrigo.
E nem por isso chovo menos.
Eu chuvo quando há chuva,
Chuvo quando a chuva chora.
quinta-feira, 27 de fevereiro de 2014
sábado, 15 de fevereiro de 2014
Axé
Quero saber teu orixá, menino,
assim desvendar a semântica dos teus sorrisos.
Os teus olhos é que me avisaram
a imensidão que me esperava nos abraços.
E tudo o que viria. Virá.
assim desvendar a semântica dos teus sorrisos.
Os teus olhos é que me avisaram
a imensidão que me esperava nos abraços.
E tudo o que viria. Virá.
terça-feira, 11 de fevereiro de 2014
A morenar
Quando o menino do mizuno percebeu
o carrancudo verme a carrancar
emporretado em sua direção,
papai Noel nenhum acudiu.
Era o fim do rolezinho
e voltar embora "para a puta que te pariu".
Alguns dizem aprovar, em enquete,
o que parecia ser só medida cautelosa
contra a enegrecida epiderme.
o carrancudo verme a carrancar
emporretado em sua direção,
papai Noel nenhum acudiu.
Era o fim do rolezinho
e voltar embora "para a puta que te pariu".
Alguns dizem aprovar, em enquete,
o que parecia ser só medida cautelosa
contra a enegrecida epiderme.
quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014
A Mar
O amor tem
qualquer coisa de
entrega. De fazer-se ilha
à revelia do continente
para ser um todo com
O mar.
A mar. É sal também.
O amor tem qualquer coisa de
queda. Se a palma da mão
amada se arma
em punho fechada e não
Te segura. Não te sacode.
Ou não te alcança.
O amor é a areia indesculpável
em nossa pele transbordante de
amaresia. É o fundo estrelado
de um poço intempério.
É A Mar. O que o amor é.
qualquer coisa de
entrega. De fazer-se ilha
à revelia do continente
para ser um todo com
O mar.
A mar. É sal também.
O amor tem qualquer coisa de
queda. Se a palma da mão
amada se arma
em punho fechada e não
Te segura. Não te sacode.
Ou não te alcança.
O amor é a areia indesculpável
em nossa pele transbordante de
amaresia. É o fundo estrelado
de um poço intempério.
É A Mar. O que o amor é.
domingo, 2 de fevereiro de 2014
YéYé Omó Ejá
Voo de peixe
alçado para fora do mar.
Benevolência dançante do filho
que sabe das águas que o vão regar.
Toma minha cabeça, ô mãe d'água.
Que eu te levo, enguia,
no pescoço. Deixe-me dormir
no seu regato, que eu sô rio,
rio. Só. Anseio o encontro.
Abebé em mão,
moça do ventre fecundo.
É em você que
hei de desembocar.
Rainha das ondas. Serei - A.
Do mar, seremos.
Já é dia
dois de fevereiro
neste Brasil de
pele escura.
alçado para fora do mar.
Benevolência dançante do filho
que sabe das águas que o vão regar.
Toma minha cabeça, ô mãe d'água.
Que eu te levo, enguia,
no pescoço. Deixe-me dormir
no seu regato, que eu sô rio,
rio. Só. Anseio o encontro.
Abebé em mão,
moça do ventre fecundo.
É em você que
hei de desembocar.
Rainha das ondas. Serei - A.
Do mar, seremos.
Já é dia
dois de fevereiro
neste Brasil de
pele escura.
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