quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

Sobre a vivência

Vamos ressaltar alguns fatores sobre como os seres no planeta Terra fazem para manterem-se vivos. Todos nós precisamos de abundantes quantidades de oxigênio, luz, temperatura ambiente agradável e algo que nos dê a energia necessária para nossas tarefas diárias - o alimento. É necessário também algo que garanta proteção, um escudo, uma defesa.
Uma girafa na África usa seu tamanho para sobreviver. Uma rosa em nosso jardim utiliza seus espinhos. Um leão na savana africana faz valer sua força. Um homem comum em qualquer lugar do planeta preza o capital e seu status na sociedade.
Um macaco para uma vida tranquila não precisa de nada mais do que o que o seu habitat lhe proporciona. Como contraste, uma pessoa precisa de estudos diários, de armas, malícia, etiqueta, poder aquisitivo, roupas, aceitação da sociedade, hora certa para comer, 480 minutos de sono por dia, psicólogos, psiquiatras, pílulas, padrões de beleza, atitude, conhecimento, avanços tecnológicos e até mesmo destruir tudo aquilo que mantém a vida nesta bola gigante e extinguir seus rivais.
Você já reparou que o ser humano vive num mundo totalmente diferente do restante dos animais? Que nossas vidas só se cruzam na hora das refeições, praticamente, e as realidades se assemelham ás vezes só por ainda sermos animais? Que se alguém ver uma onça no meio da rua, esse fato será motivo para a exclamação:"Que perigo! Não podemos deixar um predador desse pela rua! Quantos ele não matará? Prendam a onça!". Os animais que convivem conosco tem que seguir nossas regras, dançar no ritmo da nossa música. Repare melhor.
Minhas palavras não tem importância alguma para uma mosca, mas podem valer algo para você. Engraçado, não? Nós encaramos o restante dos animais como uma ameaça. Enclausuramos uns, matamos outros, destruimos os meios de sobrevivência de uns tantos. Quem é a ameaça?

by Luiza Chiesa (foxy lady)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Vamos fugir... para o Planeta Pandora?

Vou contar um segredo, eu prejulguei o filme, prontofalei. Ontem fui assistir o tão comentado em todos os lugares: Avatar. Hu? Avatar? WTF? Ok, eu pensava a mesma coisa, principalmente depois de perder 10 reais e algumas horas da minha vida assistindo "aquilo", nomeado 2012, pensei que Avatar seria mais um filme que fala sobre decadência dos humanos, poluição e destruição do mundo. E é exatamente disso que ele fala, mas o ponto alto do filme é Pandora, quer dizer, é quando o personagem Jake no corpo de um Na'vi (como são chamados os nativos do planeta) se perde na floresta de Pandora, o público é apresentado a uma atmosfera mágica, eu diria até PSICODÉLICA. Tudo no planeta é fantástico: as criaturas, as plantas, os nativos. E quando você acha que já viu tudo, cai a noite no Planeta Pandora e todos os seres e plantas emitem luzes como fluor. Dá vontade de chorar diante de imensa beleza. vou contar, fiquei arrepiada do começo ao fim do filme.
Esse tema não é inédito, mas a forma como é mostrada aos espectadores é emocionante. Vou ver de novo em 3D amanhã. :D
E isso não é mais um conselho, é uma ordem: Veja Avatar. ( 3D haha (: )

...

Te cutuco
Bem na ferida
Acorda!
Que a corda da vida
está tinindo
e você aí
fingindo

A memória
é a única chance que você tem
de não fazer de novo

Olhe
em volta
Sinta
a vida
Não,
não pense
Dance
a vida
Ouça
a rua
Que contemporaniedade
não tem
idade


E ao acordar
respeite seu coração
Ele merece voz ativa!

by Luiza Chiesa (foxy lady)

terça-feira, 12 de janeiro de 2010

Just like Obama said (bem como o Obama disse)

-Deu certo da última vez. E era censura de 18 anos.
Caro leitor, quando leu essas duas frases, você reparou no destino? Elas querem dizer precisamente que, a menos que a pessoa seja esperta, ela terá de viver 216 meses transitando por este planeta até que consiga entrar numa sala de cinema no horário programado para aquele filme censurado. Culpamos esse procedimento ao poder. Os seres humanos costumam pensar que têm poder sobre a vida alheia. Pensam isso porque, na verdade, eles podem.
O que constantemente acontece na convivência dessa raça tão peculiar é a confusão. Nos confundimos muito ao pensar que não se pode proibir alguém de vivenciar/ assistir algo, que não se pode proibir um indivíduo de expressar-se, alimentar-se, indagar-se, conhecer-se, que não se pode matar um ser vivente. Realmente, tem coisas que não são devidas, nem certas, que não cabem em nossas regras morais. Mas não diga-me que não temos o poder de fazê-las.
Olhe para essa formiga correndo no canto da mesa: fico pensando se ela tem uma casa, uma família, talvez três formiguinhas esperem por ela para a hora do jantar, e o Sr. Formiga senta em sua cadeira e suspira sonhando com sua pretinha que está aqui perdida em minha mesa. Agora você exclamará:"Luiza, não mate a pobre formiga! Você não PODE matá-la! Pense nas consequências! Uma família inteira morrerá sem ela!".
Esse é o ponto que devo intervir. Não vê? É exatamente o contrário! Se eu quiser, eu não preciso nem de um dedo inteiro para matar esse inseto. Eu posso sim, talvez eu não deva, mas eu posso. Não é engraçado? Querido ser-que-sabe-ler, quando leu minhas últimas seis frases, você reparou no destino? Nós temos poder. Já contruimos meios para ir até a lua, se tivermos vontade nós conseguimos apertar um gatilho, oferecer um copo d´água, imaginar vida em uma boneca, rir com nossos quilos a mais por sobre um cadáver morto de fome. Nós estamos plenamente aptos à crueldade, assim como nenhum outro animal. Sabia que, mesmo assim, o ser humano é a única espécie dotada de solidariedade? Irônico, isso saiu em uma pesquisa e eu atentei para que nós nos preocupamos tanto com a sobrevivência da arara azul, do mico-leão dourado, do peixe boi, sendo que na verdade, somos nós que estamos em extinção! Quantos seres humanos desses da pesquisa você conhece? Deveriam existir mais de seis bilhões.
Os seres humanos costumam pensar que têm poder sobre suas vidas, chamam isso de livre-arbítrio. Pensam isso porque, na verdade, eles podem. Assim como o nazismo podia estraçalhar os judeos. Assim como aquele soldado/piloto de avião podia soltar a bomba em Hiroshima/ Nagasaki. Assim como os terroristas podiam derrubar aviões em 11 de setembro de 2001. Assim como os americanos podiam invadir o Iraque. Assim como podemos declarar guerra!
Sim! Nós podemos! Mas será que devemos? Deixei fugir minha formiga, é hora de rever conceitos.

by Luiza Chiesa (foxy lady)

sábado, 9 de janeiro de 2010

Evolução do monstro do armário.

E por fim, ele chegou, sem avisar, sem pedir licença, sem perguntar se podia. Trouxe com ele os sentimentos mais estranhos, mais insuportáveis, mais agonizantes. Veio com ele a vontade de voltar no tempo, o desejo de parar no tempo. E o que resta? Oi 2010!
Não sou daquelas pessoas que se descabelam, se preocupam, se matam antecipadamente, mas vou admitir, o monstro chamado vestibular tem me atormentado os sonhos. Ele chegou disfarçado e eu só fui perceber sua presença quando vi fogos anunciando o ultimo segundo do ultimo ano.
O sentimento de falta já está se antecipando, poxa, e eu que pensava que isso era bobagem pelo que eu ouvia os outros falarem, mas é como estar com as paredes se fechando para um só lugar, ou como ter uma sala de espelhos com só um lugar pra saída, todos os outros caminhos que eu seguir darei de testa na parede, ou melhor, no espelho.
E vou mandar a real, quanto mais estudamos, mais descobrimos o quanto ainda falta estudar e por mais estudiosa que eu seja, sempre vou ver lacunas nos conhecimentos. Por sorte gostar de estudar, gostar de ler e ser curiosa por todos os assuntos já é meio caminho andado.
E diante disso, fiz uma descoberta, VESTIBULAR é o monstro que vivia debaixo da minha cama e dentro do meu armário!
Enfim, boa sorte pra todos os que estão na mesma situação que eu... e que a Renata. Jornalismo lá vou eu. \o/



Á propósito, estou animadérrima pro carnaval, será possível que só eu gosto disso? Única época que eu escuto e danço axé, funk, samba e variados, e não comentem sobre se não quiserem ser torturados por métodos de inquisição MWHAHAHAHA.

quarta-feira, 6 de janeiro de 2010

Cultura Inútil

Sabia que hoje nós podemos não gostar do que não gostamos? Esta é a terceira vez que tento começar este texto, e espero que tenha acertado o assunto dessa vez. O fato é que agora nós somos uma democracia, nos deram direitos e nos tiraram conhecimento. Não, não sei como eram as coisas antes, e não vou ser arrogante a ponto de tentar saber, talvez eu entenda um dia as gerações passadas e suas épocas, mas é só.
O que eu sei, queridos amigos, é que EU não sei direito muitas coisas que deveria saber, e eu não sei apenas porque não são essas noções de mundo que são expostas na novela das oito, ou na revista da dona de casa. Eu não sei porque, de certa forma, eu não preciso saber, quero dizer, eu tenho minha casa, meu chuveiro com água quente, minha cama com almofadas, meus três cobertores à noite, eu tenho condições de vida suficientemente boas para poder conversar com a lua, olhar as estrelas, ver poesia num mendigo e ter medo de andar sozinha pela rua. Estou satisfeita com a minha vida. Este é o problema. Sabe o que faz o satisfeito? O satisfeito dorme!
Nós nos preocupamos tanto com o nome do poeta fulano-de-tal, com a revista cult que nos dá status na rodinha, a comida saudável que nos garante mais anos de vida e não agride aquela pobre vaquinha, e, ao mesmo tempo, quando eu passei por você, Sr. Mendigo, esta noite, eu só te olhei, te vi dormindo debaixo daquele... era um jornal? Eu não falei com você, não te deixei algumas moedas, não parei para pensar em como as nossas vidas são diferentes, nem atentei pelo fato de que você também não sabe coisas que deveria saber, só que você não tem meios.
Com muito remórcio chego agora à conclusão de que eu estou duplamente errada por não saber o que não sei, e que tenho o dobro de responsabilidade pelo futuro. Eu carrego na garganta não só o pigarro de minha existência, eu carrego gritos de dor de toda uma nação. Eu carrego a vida que eu não sei como é. Eu carrego o dever de fazer de mim alguém menos lastimável, por mim, pela lua, pelos sonhos e pelas lacunas do mundo. Demonstro agora meu desgosto por mim e por você, pela cultura inútil que não vence o frio e a fome, pelas letrinhas miúdas num papel de inspiração, por pensarmos sermos incapazes de mudar, o que quer que seja.
Você me despiu, Sr. Mendigo, me espancou, arrancou lágrimas de meus olhos, pulsou sangue vermelho de meu coração, criou minhas metas, mudou minha vida. Você arrancou alma de meu olhar, Sr. Mendigo, e, para tanto, não precisou nem estar acordado, bem vestido, bem informado, bem assalariado. Não precisou me ver passar pela rua, ou saber destas linhas.

by Luiza Chiesa (foxy lady)

domingo, 3 de janeiro de 2010

Ironia de uma bela cidade - Viva 2010.

Como a cidade é bonita, como a decoração de natal ficou bem feita. Uau! Tudo reciclado? Que boa idéia. Mas e agora eu pergunto... 400 mil gastos em decorações de natal e quantos gastos em reformas nos rios? Quantos gastos na preocupação de rever as moradias em locais de altos riscos de desabamento? Cadê o projeto de melhoramento de estrutura da cidade? Foram buscar no Sul também?

Pois, estou sendo rude desde que sai no dia 19 pra ver “as luzes” se acenderem, é bonito? É bonito, mas desnecessário. Muita gente já havia perdido tudo o que tinha com a enchente dada em um dos bairros da cidade, e nada foi feito. “Nada foi feito? E o que o poder político fez para aumentar os rios e evitar tais coisas?” O que foi feito pela metade, se tivesse feito de forma completa não teria acontecido de novo.

Antes de ontem caminhei em direção dos três locais mais afetados pela chuva desses dias que passaram, triste ver pessoas chorando por terem perdido tudo e principalmente, por terem perdido familiares e amigos. Pessoas conhecidas com os queixos batendo e as roupas sujas de lama, estranho mesmo é não ter saído noticia nenhuma de morte por hipotermia (ainda, né?).

Já diziam certos amigos:

Cidade Turística? Cadê o prefeito? (:



Que venha 2010, começou muito bem por sinal. /I-r-o-n-i-a.

sábado, 2 de janeiro de 2010

É, pois é

Eu queria ter um poema
aqui
em minha mão
Eu queria saber uma escolha
dessas poucas
que levam embora a interrogação
Eu queria ir bem pro fundo
para levantar
com comoção
Talvez ainda queira viver a vida
sem pressa
para amar e amar
sem vão

Só que
e se o que está por vir
roubasse a cena do que está indo?
Você o seguiria
sem medir
o mundo à sua volta
que lhe vem sorrindo?

Hoje o meu futuro acordou cedo demais
e ainda penso
e ainda sinto
e ainda sou o meu passado
Não sei o que serei
Esqueci-me de quem sou
Já não lembro quem eu era
Vivo agora a minha vida
pra pensar
e não agir
Eu tenho medo de ir

by Luiza Chiesa (foxy lady)

sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

Ser mente

No fim somos todos como árvores: temos estruturas firmes e rígidas, mas podemos balançar com qualquer sopro, e não sabemos muito bem o que estamos fazendo aqui. Hoje é dia primeiro de janeiro de 2010, daqui a pouco amanhece. Está pingando chuva nublada do céu paulista e só foi possível ver a lua por alguns minutos nessa madrugada. Ela brilhava para mim e conversamos até que meus olhos transbordassem água. Foi mais como um monólogo, porque quando começo, costumo não parar de falar.
Agora contentei-me em olhar. Fito os prédios à minha volta, às vezes um carro, algumas árvores, as luzes, e eis que umas gotas do céu lá de fora respingam pela janela para dentro do meu quarto e me encontram a face. Elas mesmo não ligam se essas são as primeiras 24 horas dos próximos 12 meses. Assim como a Terra não reparou se finalmente está no mesmo lugar que estava há 8760 horas, e, de certa forma, ela sempre estará no mesmo ponto que se encontrava há 365 dias, o que me leva a pensar no porquê escolheram hoje, e não ontem ou amanhã para começar o ano.
Acabou de clarear. Eu ainda não vi o sol nessa "mais-uma-translação". Gosto de pensar, no entanto, que ele continua lá, impetuoso, atrás das nuvens. É engraçado como uma bola incandescente pode confortar as pessoas. Os seres humanos são estranhos assim: são sentimentais a ponto de marcar datas, escolher cores, sabores e humores. O fato é que pelo mundo inteiro pessoas se vestiram de branco, preto, vermelho, dourado, azul, rosa, roxo, verde, laranja, fizeram contagem regressiva - em alguns lugares uma hora mais cedo do que o devido, por causa do horário de verão - e sonharam um pouco. Não que hoje realmente fosse especial, mas nós quisemos assim e passou a ser. Nós ligamos para os amigos, abraçamos os parentes, lembramos dos ausentes, cantamos para toda gente e desejamos ver longe os problemas, sentimos palpável a alegria infinita... ou não, porque a vida pode cortar a nossa ousadia pela raiz.
No começo somos todos como sementes. E aqui lá se vai mais um ciclo. É tudo sempre igual, mas nunca sabemos o que esperar. Que venha 2010, seja muito bem vindo, sente-se bem confortável para as reflexões e por favor, só não me decepcione nem cuspa no chão que seu antecedente limpou.

by Luiza Chiesa (foxy lady)