quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Poesia é o caralho

Puta que pariu
Eu tenho um vasto coração
Sei perdoar
mais do que já se viu
Só procuro o amor
Ou amadores de mim
Quero afeto, ai!
Ou qualquer dose de olhar sem veto
Mas sem noção é o caralho
Porra! Trouxa eu só conheço...
Só conheço aquela de roupa mesmo
E se você pode ir ser feliz para caralho
longe de mim
Então por que não vai?
Me diz, cacete!
Por que não me manda ir me foder
e vai você?
Cansei, entende?
Para de dilacerar emoções
Para de me fazer encontrar
rouquidão em gritos
Para de me adoecer
de me anoitecer
Para!
Para de falar, sem saber
Já perdi a paciência
não sei mais como é te entender
Só tem ovos para eu pisar
na trilha da nossa relação
Mas eu continuo aqui, ai!
Continuo aqui por você
E você
Você está procurando tanto
Que ainda vou te ver encontrar
Encontrar o quê?
Encontrar meu cú, ai!
Porque meus dentes vão deixar de aparecer em sorrisos
quando a última gota d´água
salgada de lágrima
cair no chão
e secar
E daí?
Daí é isso
Como eu sempre fui a adulta entre nós
eu vou me virar
E você,
criança pequenina
com todo seu dinheiro
maus bocados
bons bocados
vai enxergar só
Meu cú
Meu cú, ai!
Porque face eu só tenho uma
Mas nádegas,
ah! Vem até no plural!
Um dia dar-te-ei a outra nádega
E apesar de tudo isso
eu te amo
Só não me sinto mais mal
por você não ver em mim
a ***** que quer ter
Pois apesar de tudo,
eu sou e estou aqui,
não é mesmo?
É, comece a parar de contar comigo
Não vou mais tratar do seu umbigo.

by Luiza Borba (foxy lady)

P.S.: eu sei, você está chocado, leitor. Eu sei, eu nunca escrevi nada assim. Mas isso não é poesia, é só um desabafo. Desconsidere. Não é o meu tipo de escrita, anyway. É só uma falta de controle. Espero que a pessoa a quem essas linhas se destinam nunca leia isso. E outra coisa, isso não são palavrões, são interjeições, ou seja, são palavras invariáveis que exprimem estados emocionais. Quando digo "puta que pariu", eu não intenciono essas palavras, assim como quando se fala "minha nossa", hahaha, aliás, o que seria uma minha nossa?Até mais!

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

Cortesia

É para rimar ideias
com o ritmo do dia
que eu faço poesia
É para enraizar
cada efemeridade
que eu ponho palavras
em gestos
e acrescento um décimo
de excesso

Pois bem que
a cortesia da casa
é acolher
E para quem tachar-me
ou a mim desmerecer
eu só faço charme
e escárnia, meu riso
de mal dizer

É para amar imagens
É para guardar miragens
É para grafar versagens
É para ser com mais gente
que eu enfim sou
a mim

Sem levar-me a mal
por me bem querer
Sem agir igual
ou me anoitecer

Luiza Borba (foxy lady)

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Se, não!

A casa caiu
Meu lar abrigável
essa seção acabou
E por causa de um cedilha
-intruso rondando o terreno de dois "ésses"-
o show pode continuar

A minha sede
séde* de mares desabrigados
séde* de dois "ésses"
esses quais me permitiriam
apresentar
esses quais mudariam
palavra e vida
e os quais não tenho
nunca mais
pois os fiz embora

é, fiz uma cessão
da única sessão
que me valia algum quinhão

Ah!
se sonhas-
se ousas-
se amas-
se me gostasses
Oh! vil
Mas nem me ouves
ou viu?

Sessão de mal amados
Cessão de passados
Seção de antropocentrados

Se
Sem lado
Se
Em fado
Se
e minha mente
não!

Luiza Borba 
séde*: fique tranquilo, eu sei que não tem acento ali, mas queria que você entendesse a que campo semântico empreguei aquela palavra
=D