domingo, 28 de junho de 2009

Assim caminha a humanidade.

Eu realmente fico passada em ver como o ser humano decai a cada ano que passa. Depois de um final de semestre corrido, por fim, mereço minhas férias né? Vim passar alguns dias com a minha melhor amiga, mesmo gostando de onde estou morando e estudando agora eu sinto uma enorme falta dos meus amigos, que por sinal eu não tenho mais contato nenhum, de Lorena. Enfim, voltando ao assunto, fomos a uma festa na cidade vizinha, fiquei definitivamente horrorizada.
Eu convivo bem com pessoas diferentes de mim, sou paciente e sei procurar o melhor em cada pessoa evitando enxergar apenas o lado ruim de cada uma delas, mas me digam, o que fazer quando se está no meio de um grupo de meninas onde, de 10 palavras 20 são relacionadas à homens gostosos? Não consigo engolir, muito menos entender o motivo por alguém ser tão apegado a isso. Sim, ISSO, porque sinceramente, na minha opinião (só minha, de mais ninguém, que eu comprei com os MEUS dólares) a vida é muito mais do que só isso.
Não, não me assustei com a situação, apenas tive pena, pena de pensar que esse é o futuro do mundo e que pessoas que pensam como eu são partes da minoria. Já dizia o Danilo: Liberdade confundida com pornografia.

sábado, 27 de junho de 2009

Falando por falar

Estou voltando andando da escola. Um garoto da sala de aula falou abobrinhas dos meus seios hoje.Não gosto do meu corpo, mas odeio que desdenhem dele.
Minha mãe fala que eu sou bonita, linda e meu pai também. Meu pai fala por falar, ele nunca reparou muito. Ele é homem!
As pessoas (que não só os homens) têm disso, falam por falar. Falam por falar que a natureza é bonita, linda, sem nem reparar muito. São todas iguais, e no final, todas homens.
Mas eu reparo, quer dizer. Reparei. Nessa volta da escola mesmo... estava eu pensativa, quando um morro, mesmo morro que já passei tantas outras vezes, ganhou beleza e forma indescritível, e eu? Tive que parar para olhar!
E as pessoas ficaram me olhando olhar para o morro, que por sua vez olhava para mim com o canto do olho para ter certeza que eu o olhava e então, magicamente se exibir. Ele começou então a dançar com o vento e eu me pus a andar.
Foi naquele momento (que se passou há minutos atrás) que eu quis fazer todo o caminho de novo para ver os outros morros dançantes que eu passei sem deixá-los se exibir. Sabe, é que eu moro em uma cidade do interior de São Paulo cercada por morros...uma barreira e tanto!
Uma vez um garoto do Canadá veio fazer intercâmbio justo aqui. Quando ele viu um cavalo andando no meio da rua ele se desesperou e gritou: "A horse! A horse!” inúmeras vezes.
Aqui onde eu moro é tudo assim, estilo cavalo no asfalto e texto sem meio e fim. Cidade pacata no meio de vidas movimentadas.
Pergunto eu se você entende como é isso. Você é claro dirá que sim. Mas um caso perdido: você também fala por falar.

by Luiza Chiesa (foxy lady)

domingo, 21 de junho de 2009

Bem vindos a civilização.

Muitos não gostam do que escrevo. Dizem que o que eu faço não é ciência; é literatura. É verdade. Mas o que me aborrece é que essas pessoas que não gostam, pensam que somente a ciência tem dignidade acadêmica. Mas o que diriam se eu utilizasse da minha literatura para explicar algo que a ciência deles não concretiza?

E mais um dia amanhece dentro de nossas prisões cercadas de grades de aço que chamamos afetuosamente de casa. Não conhecemos os vizinhos da esquerda e muito menos os da direita, por que não nos convém conhecê-los.

E nós evoluímos?

Injetamos em nossa atmosfera todos os dias, gases poluentes prejudiciais a nossa saúde e ao planeta em que vivemos e por conta disso, calotas polares derretem. Modificamos códigos genéticos em nome da ciência.

E nós evoluímos?

Invadimos território alheio, matamos, torturamos, escravizamos, violentamos, desmatamos e por fim nos instalamos. Somos engrandecidos como desbravadores.

Fabricamos artefatos caríssimos que mata, mutila, e que destrói nosso próprio habitat. Afinal, somos valentes, não é mesmo?

E nós evoluímos?

Através da propaganda recebemos ataques que pregam valores egoístas.

Trabalhamos duro e abdicamos de algumas coisas para, finalmente, comprarmos nosso carro dos sonhos; aí vem o médico e diz que temos que andar a pé para o melhor funcionamento do nosso corpo, e em seguida o chefe, somos demitidos por chegarmos atrasados, conseqüência do transito.

Uma mentira secular de trabalhar para viver, e uma rotina angustiante de viver para trabalhar.

E nós evoluímos?

Somos os únicos seres a praticar relações sexuais com nossos órgãos sexuais protegidos para não contrairmos doenças. Doenças que com a evolução são dadas curas, e com as curas mais perigos são criados. (Precisa ser arrumado)

E nós evoluímos?

Injetamos todos os dias bilhões de litros de produtos químicos e dejetos nos nossos rios contaminando-os, estragando assim a nossa maior fonte de vida. Matando seres vivos indefesos.

O sangue e o suor os povos do mundo inteiro são oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro.

E nós evoluímos?

Fabricamos uma ave de aço que seria usada pra encurtar distancias e aproximar os povos, mas, como somos evoluídos, passamos a usá-la pra matar nossos semelhantes.

E nós evoluímos? Ou infelizmente retrocedemos?

Acreditando ou não, é incorreto dizer que respostas movem o mundo, quando na verdade são os questionamentos e reflexões responsáveis por esse acontecimento.

A vida é parte de um mistério e ela simplesmente não para, nem mesmo para sermos mais humanos, nem mesmo para procurarmos a cura do mal, que em base de loucura é dada como algo normal. O mundo gira cada vez mais veloz, a gente espera dele e ele espera de nós somente um pouco mais de paciência.

Será que é tempo que falta para percebermos? Será que temos esse tempo pra perceber?

A vida é tão rara.

sexta-feira, 12 de junho de 2009

Mas agora...

Folheando uma revista, um jovem se depara com uma parte que fala sobre a política no Brasil, mas ele não tem vontade de ler, mesmo nunca tendo ouvido falar sobre o assunto que a manchete revela, ele já sabe o que está escrito: um começo inspirador, que desencadeará uma revelação sobre a vida de corrupções de algum político e um fim de protesto, para motivar outras pessoas ao protesto.Na década de 90, 3,57% dos votos pertencia aos jovens de dezesseis, dezessete anos. Agora houve uma queda de 1,55% desse número. Aquele jovem folheando a revista é apenas um reflexo perante a grande tragédia nacional, na verdade, e a surpresa agora é apenas cotidiano.A história é algo engraçado e se torna pejorativo quando chega aos dias de hoje. Analise de forma bem simple e mal-passada: quando não se tinha liberdade de expressão, as pessoas procuravam se expressar,e lutaram por esse direito, mas, agora que podemos nos expressar, nem ao menos votamos em quem achamos certo governar o nosso país. O nosso direito não deixa de ser um dever, se o que queremos é realmente uma vida melhor. Se as pessoas não votam, ouo votam em branco, é porque não acreditam que possa melhorar.O problema é que as pessoas não acreditam em algo melhor não porque seja impossível, e sim porque perderam a esperança. E aí fica a pergunta: em que parte do caminho a esperança se sumiu?Essa é uma pergunta que até eu tenho que pensar e tentar com todas as minhas forças reponder.
Desculpe-me por minha falta de educação. Meu nome? Luiza, tenho treze anos, e sofri muito com o mal de abstinência de esperança, muito comum de se encontrar. O mais difícil mesmo é achar a cura, que pode estar perdida em algum texto no sul da África, ou em uma pintura, invenção de Leonardo da Vinci.O importante não é onde, e sim encontrar o mais rápido possível para conseguir viver, pois, se a esperança é a última que morre, e você não a tem...Pensando em fatos, a mesma Brasília corrupta que nos surpreende com a corrupção de sempre, julga as pessoas que fazem o mesmo em classes menos favorecidas que não estão "tomando conta de nosso país", mas devido a uma legislatura fraca, e mais corrupção, ambos (políticos e "não-políticos"), normalmente não são presos, e nem sofrem alterações em suas vidas. Fazendo com que a teoria não vire prática. O que é muito errado, devo informar, até porque o governo não gosta de concorrência.É realmente muito difícil ter esperança vendo a impunidade aparecer na televisão na hora do jantar. Porém, se formos pensar, tudo que acontece hoje já acontecia, só que a mesma história, ao ser contada de forma diferente, se torna uma nova história. A única coisa que mudou drasticamente foi o povo, que agora desceu as escadas do palco e espera na plateia o término do espetáculo sem fim.Chego então a conclusão de que o Brasil já teve povo, já teve alma, mente e garra, mas agora...

by Luiza Chiesa (foxy lady)

Hoje

Hoje eu acordei sem me lembrar que dia era. Passei alguns segundos deitada na cama pensando no que tinha para fazer. De repente lágrimas rolaram de meus olhos. não que eu saiba o porquê, elas simplesmente aconteceram.
Finalmente lembrei que deveria fazer este texto, e, sem muita inspiração, comecei a narrar meu breve dia. O motivo deste início eu também não conheço, mas talvez ele faça sentido em alguma parte do texto.
Quando lembrei que deveria escrever, tive a certeza de que seria uma viagem para dentro de mim mesma, e já que estou aqui, vou realmente aproveitar essas linhas para me virar do avesso. Vamos começar perguntando o que transformou Luiza Borba Chiesa em nada menos do que eu mesma.
Hummmm... tanta coisa! Cores, ritmos, estilos, cheiros, conselhos, conversas, momentos, pensamentos, reflexões, amigos, filmes, bagunça, arrumação, broncas, prantos, risos, gargalhadas, flores, sol, e arco-íris. Tudo isso sem dúvida resultou nesse fragmento da humanidade que sou. Mas também tiveram os "momentos clarões".
Aqueles momentos em que algo te dá um tapa na cara, te acordando para a vida. Você sem reação enquanto a coisa acontece, imerso em pensamentos. Então você se lembra da vida e tenta tomar uma atitude sensata.
Me recordo de vários aprendizados que obtive em casos parecidos. Só que na maior parte das vezes essa é a única coisa de que consigo me lembrar. As lições que vêm destes tapas na cara andam comigo sempre e estarão comigo por toda a minha vida, mas os tapas na cara são inconscientemente apagados sem que a minha vontade assim permita.
Claro que não é sempre assim. Quando a aprendizagem é a vida de uma pessoa, me lembro da pessoa. Quando é de um livro, posso dizer com clareza qual é. O defeitinho só se manifesta nos momentos.
De certo modo estou sempre aprendendo, tiro uma lição de tudo. Sinto que agora as minhas lições giram em torno da Terra - como a lua- estou acordando para o mundo.
Faço viagens para dentro de mim mesma sempre que preciso ( e eu preciso muito). Nada mais justo do que falar delas num texto. Neste texto.
Minhas últimas descobertas foram que eu gosto de mim mesma, admiro minhas qualidade. Gosto do jeito com que lido com as pessoas quando preciso... lidar com elas! Não esqueço meus defeitos porque enxergo muitos. Penso que isso é igual a um arquiteto que constrói um prédio lindo. Todos que passam pelo prédio dizem: "Oh, que prédio lindo!". Mas o arquiteto quando o vê se dapara com todos os defeitos e vê o prédio horrível. Não é nada demais, só que como ele conhece os defeitos muito bem, ele imagina tudo muito pior do que realmente está. Ele tenta imaginar o que os outros estão vendo, e vê uma imagem retorcida. Como um espelho molhado.
Gosto de me sentir útil, por isso eu sempre quero estar fazendo coisas, o que explica o fato de eu me sobrecarregar. Tem também o fato das pessoas contarem comigo, por exemplo em qualquer coisa que eu faça em grupo, as pessoas ficam sempre pedindo ordens, perguntando o que fazer.
Poderia escrever um livro inteiro sobre o que ainda tenho para falar, mas odeio cansar os leitores com bobagens. Isso me cansa também, e como o dia mal começou, não posso me cansar.
Vou parar de escrever. Lembrei que dia é hoje.

by Luiza Chiesa (foxy lady)

quarta-feira, 10 de junho de 2009

Provavelmente

Somos irracionais? Se somos, como raciocinamos e chegamos a essa conclusão? Então, não somos? Provavelmente.
Provavelmente não fomos nós que pensamos e chegamos a essa conclusão. Provavelmente o mundo pensa mais rápido que nós, pois também gira mais rápido que nós, e também mente mais rápido que nós. Mas, como vou saber? Raciocinando? Não, é muito difícil.
Acordo todos os dias no mundo do tudo-que-quiser-aqui-e-agora. Para que pensar com tudo isso? Por que deveria ler? Para responder minhas perguntas, talvez. Será?
Tenho tudo o que quero aqui e agora, e, no entanto, vivo na incerteza de querer tudo o que tenho. A vida passou, já não sei quem sou. Vivo tudo representado na propaganda da tv, só me falta o sorriso e o saber.
Sabe que li um livro outro dia e descobri que as informações no site da internet estavam erradas. Dados errados. Não saberia se não tivesse lido. O que mais não sei? Só lendo para saber. Provavelmente o mundo inteiro. Percebi que o mundo é um grande livro. Em pensar que só conhecia a capa.
Leitor, você tem agora a chance de não cometer o erro que cometi. Não se tornar um estúpido ignorante. Leia! Veja as informações erradas nos sites e monte uma opinião. Seja! Uma pessoa vale mais que uma televisão e um livro, mais do que mil imagens.
Não digo para esquecer do mundo e se afundar nos livros. Digo apenas para ter capacidade de ler as entrelinhas da vida.
Um livro, e não uma capa. No mundo que vivemos tudo acontece muito e muito rápido. Rápido para mim, que não o entendo. Ser um leitor do mundo, um leitor de livros, é não pensar na rapidez, e sim em como isso não aconteceu antes.
Não espere acontecer contigo a maldição que aceitei para mim para descobrir a maravilha em um conto de Machado de Assis. Não, não faça isso. Não sou um bom exemplo, mas um exemplo sim. E você tem a chance.
Penso, logo existo. Quer dizer que não existi? Provavelmente. Provavelmente o quê? Não sei. Não raciocino. Não posso. Não pode. Não deixe de entender o porquê das coisas. Há mais mistérios entre o céu e a terra do que imaginou a minha vâ filosofia. Descubra todos eles, por mim! Por você!
Não pode? Por que não? Somos irracionais?
by Luiza Chiesa (foxy lady)

quarta-feira, 3 de junho de 2009

Sobre Tragedias e Desgraças

É muito fácil acreditar em Deus quando você dorme numa cama, anda de carro com ar-condicionado que seus pais te deram e mora num prédio com lavanderia cujo condomínio é maior que o salário de uma família inteira. É muito fácil rezar e agradecer a Deus por tudo que você tem quando você tem tudo que quer. Agora, tente explicar o que é Deus pra alguém que não tem o que comer. Pra quem perdeu casa, dignidade e família na enchente. Tente explicar como Deus é bom pro menino que nasceu na favela e viu a mãe morrer com um tiro na cabeça. Será que Deus gosta mais de mim do que das pessoas cujas casas foram levadas pela força das águas? Será que Deus gosta menos daquele pai com a criança na porta do self-service segurando uma vasilha sem comida e esperando sua vez de comer? Será que Deus gosta mais dos filhos da Angelina Jolie do que dos filhos da mulher que dorme embaixo da marquise de um prédio?

Depois ainda me perguntam porquê eu tenho minhas duvidas sobre religião..