sexta-feira, 12 de junho de 2009

Mas agora...

Folheando uma revista, um jovem se depara com uma parte que fala sobre a política no Brasil, mas ele não tem vontade de ler, mesmo nunca tendo ouvido falar sobre o assunto que a manchete revela, ele já sabe o que está escrito: um começo inspirador, que desencadeará uma revelação sobre a vida de corrupções de algum político e um fim de protesto, para motivar outras pessoas ao protesto.Na década de 90, 3,57% dos votos pertencia aos jovens de dezesseis, dezessete anos. Agora houve uma queda de 1,55% desse número. Aquele jovem folheando a revista é apenas um reflexo perante a grande tragédia nacional, na verdade, e a surpresa agora é apenas cotidiano.A história é algo engraçado e se torna pejorativo quando chega aos dias de hoje. Analise de forma bem simple e mal-passada: quando não se tinha liberdade de expressão, as pessoas procuravam se expressar,e lutaram por esse direito, mas, agora que podemos nos expressar, nem ao menos votamos em quem achamos certo governar o nosso país. O nosso direito não deixa de ser um dever, se o que queremos é realmente uma vida melhor. Se as pessoas não votam, ouo votam em branco, é porque não acreditam que possa melhorar.O problema é que as pessoas não acreditam em algo melhor não porque seja impossível, e sim porque perderam a esperança. E aí fica a pergunta: em que parte do caminho a esperança se sumiu?Essa é uma pergunta que até eu tenho que pensar e tentar com todas as minhas forças reponder.
Desculpe-me por minha falta de educação. Meu nome? Luiza, tenho treze anos, e sofri muito com o mal de abstinência de esperança, muito comum de se encontrar. O mais difícil mesmo é achar a cura, que pode estar perdida em algum texto no sul da África, ou em uma pintura, invenção de Leonardo da Vinci.O importante não é onde, e sim encontrar o mais rápido possível para conseguir viver, pois, se a esperança é a última que morre, e você não a tem...Pensando em fatos, a mesma Brasília corrupta que nos surpreende com a corrupção de sempre, julga as pessoas que fazem o mesmo em classes menos favorecidas que não estão "tomando conta de nosso país", mas devido a uma legislatura fraca, e mais corrupção, ambos (políticos e "não-políticos"), normalmente não são presos, e nem sofrem alterações em suas vidas. Fazendo com que a teoria não vire prática. O que é muito errado, devo informar, até porque o governo não gosta de concorrência.É realmente muito difícil ter esperança vendo a impunidade aparecer na televisão na hora do jantar. Porém, se formos pensar, tudo que acontece hoje já acontecia, só que a mesma história, ao ser contada de forma diferente, se torna uma nova história. A única coisa que mudou drasticamente foi o povo, que agora desceu as escadas do palco e espera na plateia o término do espetáculo sem fim.Chego então a conclusão de que o Brasil já teve povo, já teve alma, mente e garra, mas agora...

by Luiza Chiesa (foxy lady)