sexta-feira, 8 de outubro de 2010

Ora iê iê

"E lá do céu um lindo eco se ouvia,
Era um cantar suave
Era oxum se banhando ao amanhecer do dia.
Ora ie ieu mamãe Oxum"

Tem um peito
e minha dor
o maltrada
com um jeito
próprio de ser

Tem um ser
Ora, tem as rimas
iê, iê, i eu
me deleito
Para depois dizer

Oxê
um dia ensolaradourado
e eu só
com o sol

só rio
água a natureza

Levo
um lago de esperteza
dentro da pele
E algo fomenta em mim
e algo
e a vida melin-
d(r)ada pela madrugada
e a fome de pulo vencida
pelo cansaço da perna
e a hora
hora bastada de iê iê
i eu acho
um céu de brilho

A cor vive nos meus olhos
imensidão azul em glóbulos castanhos
ocultos lares de sinceridade

A lua é cheia, minha mãe
dia e noite se confundem
no teu ouro de vaidade
É verdade, minha mãe
todo o tempo se mistura
no raiar da liberdade

Até a brisa
Brisa com vontade
com um que de candura
mocidade
e a lua toda nua
E é seu dia
Ora, meu dia
Ora iê iê
i eu encerrei essa poesia.

Luiza Borba (foxy lady)