domingo, 2 de fevereiro de 2014

YéYé Omó Ejá

Voo de peixe
alçado para fora do mar.
Benevolência dançante do filho
que sabe das águas que o vão regar.

Toma minha cabeça, ô mãe d'água.
Que eu te levo, enguia,
no pescoço. Deixe-me dormir
no seu regato, que eu sô rio,
rio. Só. Anseio o encontro.

Abebé em mão,
moça do ventre fecundo.
É em você que
hei de desembocar.
Rainha das ondas. Serei - A.

Do mar, seremos.
Já é dia
dois de fevereiro
neste Brasil de
pele escura.