quarta-feira, 3 de setembro de 2014

amor bruta,

a atritar forte entre os dentes.
parece um elefante.
ou uma formiga carregando essas coisas grandes e que não dá para acreditar
olha lá. para dentro do formigueiro. e terra tanta no meio dessas insetinhas.
num teso estar entre os corpos.

como terra. recheio mar. bato no liquidificador, inda ponho morangos.
feito caranguejo, gosto água areiada com sal. amor, não lhe fujo, e lhe gulo.
mandinga!

quiseram amarrar o amor
onde será? No poste, não sei



pra que maldade tanta?
arrê, cuidado que se amarrar pescoço inda mata
quer prender na marra
nó, nó, nós. nunca firmes porque não soltos

virgê, tão vindo com us pau
tem fogo nas vela, búzios nas mão.
surrar o amor sangrar, é míssil?

valha-me, melhor correr
cupido tá vindo armado
flecha mata o corpo, misinhô. pergunta prus índio.
amor morto vale de nada

cruzes.
lá vai o amor encontrado!
lá vai o amor carregado!
lá vai o amor encordado pernas e braços!
lá vai o amor batendo batendo batendo.
estraçalharam o amor bem ali na sala, cê viu não? porque era teimoso.
daí sentaram ele adequado. mas elefante bom não cabe no sofá.
depois disseram que era lição. junção. paixão.

acharam bonita a aliança. matança. vigil-
ânsia.
vizinhança gostou da aparência. depois teve inveja.
mas primeiro gostou.

amor ensosso.
esse gosto das primeiras sopas de quem não sabe cozinhar e tempera com
...
...
nada contra sopas. mas é que o amor murchou. escorreu.
tá branquinho, dizem que é porque é limpo.
não é.
é porque perdeu o sangue se perdeu
agora tem registro, papel e paredes, a modo de se fechar. tá circundado no dedo.
justo ele: bicho solto
que nem tamanduá, gazela, gente.

ele, que nem sabe nem tem.

amor, nem nome por.