quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Ensaio

Agora um pouco de conversa. Só pra lembrar que o 7 de setembro foi semana passada. Independêcia ou morte? Você provavelmente não pensou nisso no meio do seu feriado. Vamos pensar agora.
Você se orgulha do Brasil? Provavelmente não. E isso não é culpa sua, se olharmos de certo modo, a história de nosso país já começou torta. Agora, por outro ângulo, nossa pátria (amada?) sempre foi roubada por todos os lados, e, mesmo assim, estamos trilhando o nosso caminho para - num futuro razoável - sermos potência.
A grande qualidade (e o pior defeito) do Brasil, assim como de todos os países, é o povo. É a população que forma um país, e é portanto, merecedora do mérito por seus grandes atos, e por seus momentos errôneos. O povo brasileiro me causa admiração cada vez mais a cada dia.
Nós nos concientizamos sozinhos de que não temos aqui condições suficientes para se ter muitos filhos. Não foi preciso que o governo implantasse nenhum método contra as taxas de natalidade, e mesmo assim, os nossos índices demográficos baixaram em escalas e com impacto tão grande quanto o de países como a China, que joga sujo para controlar o número de habitantes em seu país.
Nossa nação é calorosa, as pessoas são descontraídas, ao andar pelas ruas pelo menos um ser sorri. Temos ginga e quando queremos, tomamos decisões rápidas e precisas. O Brasil não é mais especial que qualquer outro país, e nem menos ignorante às falhas. Mas, pense comigo: nós nascemos e ele nos acolheu, cuidou de nós, nos deu casa, comida e estamos aqui de roupa lavada, ele riu de nossas piadas sem-graça, lamentou em nossos momentos de angústia, ele vive conosco desde que nascemos e influencia diretamente em todos os nossos atos - sim, porque dizer que o espaço não influencia uma pessoa é tolice, afinal, se tivéssemos nascido na Austrália falaríamos inglês, então, se até o que falamos depende do ambiente em que vivemos... - logo, ele merece um pouco do nosso amor. Amar a nossa pátria.
Não penso que ser patriota significa amar a bandeira e os símbolos de seu país. Nem penso que seja defendê-lo à qualquer custo. Acredito que seja simplesmente amá-lo, criticá-lo, vivê-lo, e por fim, melhorá-lo e merecê-lo.
Sim, melhorá-lo. Pois, assim como uma mãe ensina um filho, um filho, com o tempo cresce, e ensina a mãe. E, citando Gullar, nós somos comuns sim, mas são muitos homens comuns, e podemos juntos, formar uma muralha com nossos corpos de sonhos e margaridas. Nós podemos e somos sim uma muralha, temos todo o poder de melhorar nosso país, afinal, dos filhos deste solo és mãe gentil, pátria amada: BRASIL!

by Luiza Chiesa (foxy lady)