domingo, 27 de dezembro de 2009
Não, não é um ponto final,
sábado, 26 de dezembro de 2009
Melhor homem do mundo.
Hoje, 26 de dezembro, um dia depois do natal, quem é que não fica inspirado e sensível nessa época do ano, difícil né? Esse ano foi um ano cheio de altos e com muitos, inúmeros e exagerados baixos, sem duvidas, mas eu tenho uma tese, anos impares são sempre piores que pares pra mim. Parece loucura, eu sei, mas é sempre assim, coisas difíceis acontecem em anos impares, doenças, mortes, tragédias. Mas não estou aqui pra falar sobre anos, e sim sobre o que me inspirou.
Minha família é daquelas que briga, briga, briga e no final do ano, dia 24, se reúne todo mundo pra comemorar, comer, conversar, rir, rezar, depois briga de novo e no dia 31 se reúne pra contar os segundos até o novo ano chegar. Agora sabem de onde vem o meu jeito bipolar, briguento e bravo, típico de alemão, sem duvidas.
Fiquei feliz de ainda ter o melhor homem do mundo presente em mais um natal da minha vida, meu avô, apesar dos 3 AVC’s, 2 Pneumunias, Herpis no olho e de ter quebrado a bacia pra piorar tudo, ele tava lá, forte, conversando, rindo, brigando, reclamando... tipico Cardoso. Contando histórias de quando ele conheceu a mulher mais linda da cidade – minha avó – e de como ela era de olho no dinheiro dele. 64 anos de casados, uma vida e meia, é pra raros. (Entrada para raros?). 5 filhos, 12 netos, 13 bisnetos. 90 e tantos anos, o começo de Alzhmer faz com que ele comece a esquecer certas coisas, mas me emociono cada vez que penso que sou a única pessoa que ele nunca esquece, pessoa por quem ele se emociona cada vez que diz o nome, me sinto privilegiada, também, quem não se sentiria? Sou a neta mais nova, a princesinha, a mimada.
Tenho orgulho de dizer que eu tenho na minha família o melhor homem do mundo, lógico, cheio de defeitos, mas aquele homem que nunca nem PENSOU em dizer um não pra ninguém. Podia ser algo impossível, mas ele tentou até o fim. Um avô bravo, teimoso mas que fazia café da manhã e levava na cama pra mim todos os dias, que me mimou todos os anos que pôde, que soube ser generoso, que tem um caráter que eu tenho certeza que não encontrarei em homem nenhum. E é exatamente por ter essa imagem de homem que eu afirmo com todas as certezas que os homens não são farinha do mesmo saco, não são iguais e não são todos que não prestam.
Sensível a ponto de, mesmo com dor, mesmo sofrendo, mesmo se sentindo mal por estar dependendo tanto dos filhos, netos, olhar para a bisneta de 1 mês e falar, “Oi fiinha, olha, ela tem brinquinho”; Engraçado ao ponto de olhar pro outro bisneto e falar “Mas você ainda não cortou o cabelo? Ora!” Romântico ao ponto de falar pra todo mundo ouvir “A Maria era a mulher mais linda da cidade, e eu o homem mais feio” Orgulhoso pra dizer “Temos 64 anos de casado”. Preocupado com o próximo quando pergunta “Como está da recuperação da cirurgia?” e até meio criança pentelha quando pega a bolinha terapêutica e joga na minha avó logo após dizer “UM DOIS E SEIS”, lógico, ela revida. Cardoso a ponto de não gostar de se sentir inútil.
Eu, que sou uma pessoa que dificilmente choro, termino o post com lagrimas nos olhos, e vou correr pro banheiro lavar, afinal, ser forte é indispensável, principalmente tendo uma mãe sensível como a minha. Só não sei até quando vou agüentar ver meu avô se emocionar na minha frente sem chorar junto. E estou me preparando emocionalmente pra quando isso chegar ao fim, que não está longe de acontecer.
Enfim... é isso.
Homenagem ao melhor homem do mundo. Silvio de Paula Cardoso.
Legenda da foto do Orkut: "É que nessa foto aparece o meu avô. Cara, pensa em um avô que te mima sempre? Que te trata como princesa, que faz tudo o que você PENSA em pedir sem nem precisar pedir, sabe? Ele é, definitivamente, O cara. Perdi as contas das vezes que ele “invadiu” a escola atrás de mim quando eu tava passando mal. Perdi as contas das vezes que ele foi atrás de açaí pra mim quando eu tava morta de cansada pra sair pra comprar, depois de um dia de escola, trabalho e treino. De quando eu chegava em casa e ele tinha comprado coxinha, sorvete ou coca cola escondido pra mim D: . O cara que fazia a melhor batata frita do mundo! (lotaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaada de sal) Que fez da neta que vos fala, a pessoa mais dondoca da família. Um vencedor, um amor, um homem de verdade, o melhor avô do mundo, (vó, vô e dudu)"
domingo, 20 de dezembro de 2009
Fins e começos = F# e Gb
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
NOTA RELEVANTE
quarta-feira, 9 de dezembro de 2009
Homem Primata
sábado, 21 de novembro de 2009
20 de novembro
Anyway, o que se segue são textos escolares que eu fiz ao longo deste ano. Não, não vou deixar um dia tão especial passar em branco - isso deu um trocadilho, não deu? -, então vamos lá:
O atraso é branco
Flores escuras submissas em um jardim parceladamente cinza. Pérolas que se escondem em suas ostras, pensando não ter valor. Lirismo a parte, essa cena se repete sem nenhuma poesia nos mais diversos locais em pleno século XXI por toda a idolatrada Brasil, que tem seus bosques com mais flores, mas que esquece a importância das raízes negras.
Há 12o anos, os negros conquistaram a privilegiada oportunidade de viver a miséria das ruas brasileiras. Desde então vêm tentando viver sem serem julgados, menosprezados. Vêm tentando encontrar um pedacinho de terra para tocarem a vida. Vêm tentando ser o que são.
No caminho da jornada árdua, suando sangue e comendo vida, o negro encontra apoio, ganha causas, vira cotas em universidades, e então consegue mais preconceito. Pessoas sem cultura que pensam que quanto mais melanina você tem, menos digno você é.
Na prática, o IDH no Brasil de negros e brancos, se for comparado, mostra um desfalque de cinquenta posições para os pele-escuras. Na prática, enquanto brancos estudavam, negros labutavam. Na prática, é possível medir dignidade pelo Índice de Desenvolvimento Humano? Não, apenas desenvolvimento humano.Pare de pensar no quanto "desenvolvido" é o homem que se julga melhor que alguém que se foca em receber o que lhe é devido, pelo menos o justo.
Os negros tem de lutar por espaço na sociedade só porque a mesma é governada por brancos. O atraso não é deles. O atraso é do último país na América Latina que aboliu a escravidão. O atraso é de quem leva cor, e não cérebro, na cabeça. O atraso é de quem não abriu as ostras ou cavou a terra e viu somente uma imensidão negra. O atraso é de quem fez da oportunidade da liberdade uma triste ilusão. O atraso é branco.
As quatro paredes
Sim, eu falo com as paredes. Já tentei conversas com árvores, bonecas, ursinhos de pelúcia, lápis, papéis, mas aqui estou eu - estou eu e as paredes.
As quatro são o ponto fixo de meu olhar. São como uma janela que me faz descobrir um mundo através dela só com o pensamento. E depois de todos os poréns e descobertas, descubro que elas continuam sendo apenas paredes. E eu, apenas uma raposa que já deve ter desbotado.
Quando se vive num mundo de fantasias, fica cada vez mais difícil encarar a realidade (e saber disso é encarar a realidade). Quando se está muito confusa, fica cada vez mais difícil escrever um texto de qualidade (e saber disso é constatar para si o medo de confundir o leitor). Quando se está perdida... quando se está perdida o que fazer para se encontrar?
Não sei, são muitas as dúvidas e minhas paredes não param de falar.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
feito provavelmente no dia 15 de setembro
domingo, 15 de novembro de 2009
SER humano
Aviões carregados sobrevoam o país
Soldados alisam armas
Uma vida não é nada nos pregões de Wall Street
Estamos perdidos neste rio de lágrimas
Seu olho é o espelho que tudo reflete, mas nada vê.
É preciso ser humano para um novo dia
Como negar a sua cumplicidade se nem ao menos pode fingir que está vivo?
Pintam de azul o mar vermelho
Atiram bombas no céu que morre
Paris caminha sob nuvens cinza
O inferno astral já começou aqui
É preciso ser humano para um novo dia
A vida morre na lei dos sete palmos
O mundo vive na esperança de sete vidas
Encontramos fugas e sonhamos nossa evolução
Guerreamos lutas sem saber qual é a razão
Seguimos passos frios e esquecemos a humanização
No meio de tudo isso é tão fácil achar a solução
É preciso ser humano para um novo dia
A selva entra em nossa vida em forma de caos
A vida some de nossa existência em forma de mal
Precisamos olhar para todos de igual para igual
Num caixão ninguém é diferente. Que coisa mais normal!
É preciso ser humano para um novo dia
Numa manhã o sol raia para todos, vem sem agonia.
É preciso ser humano para um novo dia
Numa manhã o sol raia para todos, vem sem agonia.
quarta-feira, 4 de novembro de 2009
Três perguntas
domingo, 18 de outubro de 2009
Bem Simples
quinta-feira, 8 de outubro de 2009
Escadas
segunda-feira, 5 de outubro de 2009
Ex-clamação
sábado, 3 de outubro de 2009
Você não vê a importância?
Aconteceu bem ali, no sofá antigo de minha casa. Estávamos eu e minha mãe analisando cada uma das tarefas escolares de Gabriel. E foi quando passamos mais rápido do que o devido pelas misturas das cores primárias que ele disse: "Mãe, você não vê a importância?". Nossos olhares se voltaram para sua carinha angelical, que prosseguiu:"A cor amarela junta com a vermelha, e forma a laranja!". Essa era a grande importância.
Costumamos pensar que temos os piores problemas. Gostamos de acreditar que nós é que sabemos diferir as preciosidades. Nos confundimos tanto ao crer que o que nós damos importância deveria importar para todos. Sendo que na verdade das verdades, a cor amarela, junta com a vermelha, forma o laranja.
O que tem sentido para você pode não ter coerência alguma para outra pessoa, e nem por isso alguma das opiniões esteja errada, até porque as duas estão completamente certas. Não é a coisa que tem um valor próprio, é você que coloca sentimento nela e faz com que ela tenha sentido para seu ser. E isso acontece com pessoas, objetos, animais, plantas, fotografias, uma calça rasgada e tudo que nos rodeia.
Pense na sua vida como se ela estivesse em uma bola azul gigantesca com um núcleo muito quente e derretido que translada a 107.460 km/h, tem rotação de 1674 km/h e que flutua no meio de um nada infinito. Agora analise o último enigma que você se deparou antes de começar a ler meu texto. Viu como aquilo não era apenas uma página com cores primárias e secundárias? Reparou que em alguma tarde deste ano um menino com seis primaveras de história se sentou em uma cadeira, misturou duas cores e magicamente criou um aterceira, bem como a professora disse que seria, e ali se explicaram todos os problemas da existência dele naquele momento? E o seu último enigma? Te causou a mesma sensação de dúvida que se apossava de meu irmão antes de aparecer o laranja no papel?
Não prevemos o futuro, por isso temos dúvidas que podem ser de mesmo tamanho e ter focos diferentes. Tenho certeza que você já sentiu o mesmo frio na barriga que Napoleão antes de uma batalha. A sensação é a mesma, o que mudou foi o motivo. E dá pra dizer que um motivo é menor do que o outro? Claro que não! Porque você viu o seu fato com a mesma proporção que os filósofos veem a pergunta "Quem somos e de onde viemos?", ou com a mesma dimensão que um recém nascido dá para a descoberta de que pode emitir sons.
E assim, cada um com sua dúvida, cada qual com seus problemas, humores e exclamações, cada ser com suas resoluções e soluções, nós vamos, aos poucos, montando e reformando nossa sociedade - que eu queria chamar de comunidade, mas ai já é outro assunto, uma nova crônica.
E assim montados e reformados, podemos continuar girando, transladando, enfim, indo e voltando para o mesmo lugar todos os dias e todos os anos bem aqui, no meio de um nada infinito que adoramos chamar de universo.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
O cabresto
_Não quero _ Diz o burro.
_Se você não conseguue matar nem uma mosca sequer e fica se revirando todo para ver se ela toma a iniciativa de sair _ Volta o comerciante.
O burro olha para si mesmo e se depara revirando o rabo para afastar uma mosca:
_Não é que eu sou assim mesmo? Mas temos que admitir que matar mosca não é nada fácil... elas fogem! _ Retruca trsitemente.
_E se você deixa os outros montarem em você como se você fosse um burro de cargas, e até se esqueceu que a palavra não existe...
_Eu sou um burro de cargas! _ Exclama o burro.
_E se você é todas as opções acima e mais algumas, eu tenho a sua solução. Adquira já o seu próprio cabresto. Ele é de graça e ainda vem com opções de cor. É a única maneira de não sofrer. Você só verá um caminho à seguir. E para facilitar ainda mais, nós escolheremos o seu caminho. Você não decidirá nada, não verá nada além do que te mostrarmos, e nem ficará com a impressão de que estamos sugando sua mente. Continue neste canal e adquira também o DVD Minha vida com o cabresto.
_É a minha salvação! _ Concluiu o burro."
Se me perguntassem o nome desta cena, eu diria Cena do cotidiano. Todos os dias, bilhões de pessoas ligam a televisão e descobrem as maravilhas do cabresto. Todas as manhãs as pessoas, ainda com o cabresto do dia anterior, saem às ruas para servir de burros de carga. Todos os dias os burros de carga se contentam em afastar momentaneamente as moscas. As moscas no meio do mundo de metáforas que estou fazendo podem ser aqueles problemas incômodos, que têm como prazer nos fazer lembrar que eles existem, os fantasmas do passado, os traumas. Todos os dias eles fazem tudo sempre igual, e aprendem que isso é vida.
Mas o assustador não são as pessoas no cabresto. São aquelas que não conseguem se cegar. São os motivos que deixam o cabresto tão atraente e inevitável. Vamos aos motivos.
1994. Leste Central da África. Rwanda. Naquele ano, em cem dias, foram mortos aproximadamente 800.000 pessoas num massacre histórico, com estupros e torturas partidos da comunidade vizinha a Rwanda, e, em parte, do próprio povo de Rwanda. Hoje os sobreviventes desse massacre tem que conviver dia-a-dia com os assassinos de suas famílias como bons vizinhos, e perdoá-los.
Esse acontecimento não teve repercursão na mídia e somente quinze anos depois foi feito um filme sobre o ocorrido. Queria o povo de Rwanda ter cabrestos.
Em São Paulo, Brasil, as favelas invadiram 950 áreas verdes, deixando a cidade mais árida. Foi a primeira vez que ouvi falar da miséria interferindo diretamente no clima. E mais uma coisa: essas favelas são cadastradas, como se fossem uma nova comunidade. Sem planos para melhorar isso. Não pense que acabou: essa área pode ser maior, afinal, a prefeitura diz que a Heliópolis, na zona sul (a maior favela de todas) não passa de "uma ocupação pequena debaixo de uma ponte na Marginal Tietê". É muita trsiteza para os olhos. É quando ligamos a televisão.
O ser humano criou um mundo próprio que nós não suportamos viver. Nós trilhamos um futuro que não aguentamos seguir. Quem consegue vai a psicólogos, psiquiátras, apela para os pulsos, adquire um cabresto e fica mais tranquilo, como se tivesse feito o suficiente, até liga a televisão. Mas e o resto?
A televisão é uma propriedade privada - no duplo sentido da palavra - e é controlada pelo interesse de quem a lidera. Não somos nós que escolhemos o que vamos assistir. E quem escolhe, escolhe apenas algo que no fim a beneficiará.
A telinha mostra aquilo que o meio em que ela vive acha de bom tom passar, aquilo que acalma um pouco a alma, afasta momentaneamente as moscas.
A televisão em si é algo incrível. Pense bem: uma tela que passa coisas que aconteceram ou estão acontecendo em qualquer canto do mundo, nos informa assuntos mundiais, nos deixa ligados com as mais diversas informações.
Só que não é bem assim. Apenas porque quem manuseia a tv acaba, em sua maior parte, escolhendo manipular a mente de quem a assiste. Não é do interesse das multinacionais divulgar uma passeata contra as multinacionais. Consequência: ninguém fica sabendo. Ninguém ficou sabendo! Essa passeata aconteceu este ano e ninguém ficou sabendo!
A televisão é como o capitalismo: a teoria não é ruim, só que na prática ela é governada por homens. Ela nos manipula. Nos põe cabrestos. E nós? Aceitamos! É mais fácil assim.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
quarta-feira, 30 de setembro de 2009
Depois penso num título
Detalhe Importante
segunda-feira, 21 de setembro de 2009
O que é que a baiana tem?
Aconteceu que no Peru, un viajero Inglés llamado* Geoff Belford fell in love** por uma baiana, como numa mistura incrível de culturas. Era um dia quente e o nosso turista rumava para Nazca, preparado para tudo, com sua câmera fotográfica, binóculos, uma troca de roupas, dinheiro estrategicamente colocado numa pochete, tênis já antigo, óculos de sol, algumas frutas e o celular desligado.
Ele estava em uma van que reunia por si só dez pessoas vindas de todos os cantos do mundo e, é claro, o motorista. Belford estava ansioso com o passeio, e ficou impaciente quando uma francesa pediu para que parassem em algum lugar para levar sua filha ao banheiro. Não havia nada que pudesse fazer nessa situação além de se conformar e descer da van também (já sentia uma ligeira necessidade de esticar as pernas). E foi ali, entre uma van e um banheiro, que ele viu passar uma negra pequena, com todos os seus trajetos e os cabelos encaracolados e soltos, rindo, cheia de si, com uma bolsa na mão e todo o charme do mundo no rosto. Aquela mulher descompassou Geoff de um jeito que quando ele voltou a si, já tinha tropeçado em uma pedra e estava agora no chão, ainda com os olhos fixos nela.
Ela, percebendo o tombo, correu para acudir o homem estranho que a este ponto já acreditava ter encontrado o amor de sua vida. O inglês se sentiu constrangido com a situação, e extremamente lisonjeado por ser o centro das atenções da moça no momento. Não teve tempo para saber muita coisa, descobriu que ela era brasileira e morava em Salvador. O que ela estava fazendo ali não se sabe, afinal, assim são as mulheres misteriosas: costumamos não saber muito sobre elas, e são tão paralisantes que podem até ser chamadas de musas, para os poetas.
É, o tresloucado poeta inglês passou o resto de seus dias no Peru amando nossa pátria amada apenas por ter como cidadã o seu grande amor. Resolveu no aeroporto que sua vida não tinha sentido sem a mulher do nome oculto, e veio parar exatamente no coração da Bahia. Ele ainda não sabia o que tinha naquela baiana de tão especial, o melhor então seria reencontrá-la e descobrir. Quando chegou em Salvador, viu muito mais do que esperava: bateu papo com o acarajé, entendeu que aqui não se fala espanhol, e sofreu muito por causa disso, depois percebeu da pior forma que muita feijoada dá indigestão e por fim conheceu muitas pessoas, das mais diferentes personalidades. Entre tudo isso estava seu foco, o motivo de sua vinda. Pensou que a melhor forma de encontrar sua amada (que não nos sonhos), seria publicar um anúncio no jornal. Com certa dificuldade conseguiu comunicar-se com todos e viu na segunda semana neste país novo em sua vida a matéria sobre a busca pela baiana publicada num jornaleco:
“Procura-se mulher perfeita!
Inglês procura uma baiana misteriosa
Durante uma viagem ao Peru, o inglês Geoff Bertold […] conheceu e se sentiu atraído por uma baiana. Foi uma conversa rápida e ele nem sequer ficou sabendo o nome da moça. Agora está em Salvador com a ideia fixa de reencontrar quem pode ser o amor de sua vida.”
Não deixou, no entanto, de procurá-la sozinho mesmo, entre as ruas da calorosa Bahia. Só que, com o tempo, e com as morenas/ negras/ mulatas/ brancas, enfim, com a beleza brasileira, aquela uma de nome desconhecido, aquela uma que havia o prendido e roubado seu coração, aquela uma, aquela lá, aquela só-mais-uma, aquela era a que ele tinha se equecido.
Nunca reviu o amor de sua vida, de sua primeira vista. Se casou alguns anos depois com outra negra pequena, com todos os seus trajetos e os cabelos encaracolados e soltos, risonha, cheia de si, com uma bolsa na mão e todo o charme do mundo no rosto, enquanto ele ria ao lembrar que um dia no Peru, un viajero Inglés llamado* Geoff Bertold fell in love** por uma baiana, como numa mistura incrível de culturas.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
domingo, 20 de setembro de 2009
Improviso
quinta-feira, 17 de setembro de 2009
Água chamejante
quarta-feira, 16 de setembro de 2009
Ensaio
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
A máscara nacional
Atletas sem um lugar adequado para treinar. Músicos sem a aceitação da sociedade. Advogados, psicólogos e psiquiatras loucos. Crianças sem pais, sem paz, sem um país que lute por sua paz. Contas no exterior. Impunidade. Dívida externa. Uma pátria querendo o pior para seus "filhos", os melhores empre saindo da nação. Os piores reinando. Este é apenas o começo do Brasil.
Não sei se me orgulho daqui.Não sei se as coisas boas realmente superam todo o resto. Não sei nem ao menos quem devo culpar por tudo isso: o povo, o público, a classe operante, os pobres, os ricos, ou os nossos representantes.
Onde está a prática da teoria "Viver para outrem" na vida do mendigo da esquina? Ele é ajudado por quem? Pelas cores da bandeira?
Em 1889 foi criado nosso símbolo. Raimundo Teixeira Mendes, Miguel Lemon e Décio Vilares tiveram que trabalhar duro para esconder a miséria do Brasil, se basearam em várias correntes ideológicas para fantasiar uma magia descomunal, que realmente existe, mas está tomada por outro lado que não foi citado.
Não é de samba, ginga e biodiversidade que se constrói um país. Eles se esqueceram disso na criação da bandeira nacional. Quanta amnésia!
Todavia, mesmo que fosse, o samba já perdeu o seu lugar para o "créu" e nós estamos sumindo com a biodiversidade. A ginga, sortuda (ou coitada?), foi a que sobrou, o que até me dá uma certa esperança perante o resto.
O céu que ilumina a todos na máscara nacional é o da maravilhosa Rio de Janeiro, que tenta seguir a risca a marcha do soldado cabeça de papel.
Em 1992 uma lei foi feita para alterar a bandeira, permitindo que todos os estados brasileiros e o Distrito Federal pudessem entrar na pizza azul que encontra-se dividida entre a classe operária e a classe operante.
Como você pode ver, aqui tudo acaba em pizza, e este texto não será diferente, pois mesmo com tudo isso e sem entender o porquê pessoas sem patriotismo nenhum cantam o hino nacional brasileiro olhando para a bandeira do Brasil, eu não estaria criticando tanto o NOSSO país se não o amasse e quisesse o melhor dele. É justamente por ser brasileira e não desistir nunca que acredito na melhora do Brasil e nunca deixarei de amá-lo.
Verde, amarelo, azul, branco e um céu estrelando o positivismo. Sim, eu reconheço esta imagem.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Saudação
Tudo é nada sem você
Desespero
A Sem Vergonha
segunda-feira, 7 de setembro de 2009
A Narradora
_Trato fechado.
A narradora dessa velha história não narrará os minutos que se sucederam. Depois ela guardou o sangue em uma caixinha velha de madeira e ficou esperando o líquido virar sólido. Ela se chama Françoeire.A garota não sabia se estava triste. O garoto não sabia se estava morto. Os dois sentiam muito mais o vento que bagunçava/ balançava/ baforava os cabelos.A cena se passou em um bosque, no meio do nada, na presença do sol frio de inverno. Agora caem lágrimas dos olhos de Françoeire. Ela não gosta de lembrar. Na hora não tinha certeza se estava triste. Mas nesse instante ela escreve, e chora, e escreve que chora. E nesse instante ela sabe o que ele não sabia: ele está, e estava morto.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Come what may
passarei a eternidade
viverei minha mocidade
Amar-te-ei
como o vinho que melhora com a idade
E com você
passarei a eternidade
Neste ponto,
não apenas neste ponto
converso com o papel
assim
como se nos olhos te mirasse
com versos no papel
rimo
como se teus olhos admirasse
E com você
passarei a eternidade
É por você - é pra você
essa poesia
É por você - é pra você
essa disritmia
que é o amor
O mantinha escondido
para não rimá-lo com dor
Mas te amo
Ah! Como te amo
E por você
esperarei a eternidade
Come what may
by Luiza Chiesa (foxy lady)
domingo, 26 de julho de 2009
Leia se quiser, apenas se quiser
Leia se quiser, apenas se quiser
Estou com uma tremenda vontade de ler, por isso vou escrever. Nao sei ainda sobre o que quero falar nesse texto. Talvez devesse falar sobre algo que me aconteceu no dia de hoje. Boa ideia... mas nao boa o suficiente.
Voce jah teve tanta vontade de ler quanto eu nesse exato instante? Querer ler a ponto de escrever um texto? O problema eh que eu quero ler, e nao escrever. Nao leio porque infelizmente nao tenho nada para ler por perto, ou num raio de 40km provavelmente. Triste noticia, nao eh mesmo?
Agora me veio uma interrogacao. Chegou e ficou bem no meio da testa: por que gostamos de ler? Quero dizer, as pessoas nos ensinam a ler quando somos pequenas, e depois nunca mais paramos. Lemos livro atras de livro. Palavra atras de palavra. E por que?
Para ficarmos mais inteligentes, talvez.
So que a inteligencia eh algo muito relativo. Ha quem diga que inteligencia eh numero (quantos livros voce ja leu, quantas linguas voce fala, quantos anos voce tem, bla bla bla). Essas sao tambem as pessoas que pegam um livro pensando em inteligencia. Ha quem diga que inteligencia eh sabedoria (saber se sair bem nos problemas da vida, saber ser admirado, saber ser inteligente). Essas sao tambem as pessoas que pegam um livro pensando em inteligencia. Ha quem diga que inteligencia eh uma bobagem que inventamos para nos manipular (ou seja, para ter um padrao de pessoa ideal, converter todos os seres humanos para esse ideal, esquecer quem eh para pensar em quem sera de acordo com o que os outros pensam). Essas sao tambem as pessoas que pegam um livro porque tem vontade, e depois se perguntam: por que gostamos de ler?
Logo, cada pessoa tem um motivo para a leitura,e uma resposta para essa pergunta. Talvez as pessoas que se enquadram nos dois primeiros casos morram sem pensar nisso. O que podemos fazer, nao eh mesmo?
Eu digo: podemos ler.
A leitura realmente nos leva para um novo mundo e nos faz ter uma visao mais aprofundada do que estamos procurando em vida. A leitura eh unica, pois cada um tem um modo de ver o mundo, um modo de interpretar um livro, um modo de ler as palavras. Porque ninguem eh igual, talvez.
Soh que a palavra igual eh algo muito relativo. Ha pessoas que encaram a palavra igual como sinonimo de identicidade (pessoas que ja leram muito e aprenderam a encarar o mundo como algo logico). Essas sao tambem as pessoas que convivem em sociedade. Ha pessoas que encaram a palavra igual como algo que se alcanca tentando muito (pessoas que nao tem amor proprio e tentam insistentemente ser outro ser que ja existe). Essas sao tambem as pessoas que convivem em sociedade. Ha pessoas que encaram a palavra igual como algo irreal e inalcansavel (pessoas que gostam de ler sem saber o porque, que acreditam que todos sao unicos e perfeitos em si mesmo e que tem uma certa ideologia de vida). Essas sao tambem as pessoas que nao convivem tao bem em sociedade.
Logo, essas pessoas que nao convivem tao bem em sociedade sao elas mesmas, e acabam revolucionando o mundo. E depois disso, elas dizem: “Eh como ja dizia o poetinha…”.O que podemos fazer, nao eh mesmo?
Eu digo: podemos ler.
A leitura eh algo que nos fara saber como completar a frase que falaremos depois de chacoalhar o mundo. Eh algo que nos fara mudar o mundo. A leitura eh uma arte. Porque eh algo que nos liberta, talvez.
Soh que liberdade eh algo muito relativo. Ha pessoas que encaram a palavra liberdade como algo surreal (pessoas tristes, talvez ate mesmo sem saber). Essas sao tambem as pessoas que nao vivem a liberdade. Ha pessoas que encaram a liberdade (confrontam, maltratam, desdenham). Essas sao tambem as pessoas que nao vivem a liberdade. Ha pessoas que vivem a liberdade (carpe diem, paz e amor, all you need is love, viva la vida). Essas sao tambem pessoas.
Logo, a liberdade esta em nossas cabecas, e nao no mundo ao redor. Por isso a tranformamos no que queremos, talvez. O que podemos fazer, nao eh mesmo?
Eu digo: podemos ler.
Posso te pedir uma coisa? Bom, eu vou pedir mesmo se nao puder: por favor, querido, amado, e interrogado leitor, viva a liberdade! Desfrute do seu direito de fazer o que quiser. Ame a sua vontade de ir e vir. Seja livre e leia se quiser, apenas se quiser.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
segunda-feira, 20 de julho de 2009
O dito do preserve
Agora a natureza está literalmente revidando, traçando uma vingança, e não são as gerações futuras sozinhas que vão reverter esse quadro. Ainda estamos vivos e devemos lutar, afinal todas as espécie sofrerão com o aquecimento global, mas só uma pode provocá-lo ou evitá-lo: A ESPÉCIE HUMANA!
by Luiza Chiesa (foxy lady)
sexta-feira, 17 de julho de 2009
A vestimenta
Caro leitor, meu computador esta programado para escrever em ingles, e como sabemos, a lingua inglesa nao tem acento nenhum, por isso o texto que se segue nao esta acentuado. Para facilitar a compreensao, coloquei um "H" ao lado de algumas palavras simbolizando o acento agudo.
A vestimenta
Realmente nao quero falar sobre mim. Muito menos sobre minhas ideologias. Vamos falar sobre roupas. O que voce esta vestindo? Tenho certeza de que veste uma roupa apropriada para a ocasiao. Tenho certeza de que veste uma pessoa apropriada para a ocasiao.
Se voce quer saber, eu estou com sono. Mas nao vou parar de escrever ate terminar esta minha conversa contigo. Talvez no final eu chegue a alguma conclusao, e te ajude a mudar um pouco. E essa possibilidade eh o suficiente para me manter aqui.
Bom, continuando com as perguntas. Quantas vezes voce ja esteve completamente nu perante todo e qualquer individuo? Sim, essa eh uma pergunta estranha, e nao eh preciso que voce a responda para mim, eh preciso que voce pense nisso para si mesmo.
E olha, nu eu digo querendo abranger todos os sentidos da palavra: sem roupa, sem protecao, sem segredos, sem intervencoes da sociedade, sem vergonhas, ou entao com as vergonhas a mostra, como preferir. Afinal de contas, por que manter nossas “ vergonhas” escondidas sendo que o que realmente deveriamos tapar envergonhadamente eh o nosso rosto?
Deveriamos mesmo enfiar nossa cara debaixo da terra, para nao sermos vistos. Eh a unica solucao quando o carater nos abandona. E olha que ele, infelizmente, costuma fazer muito isso. Poucos sao aqueles que continuam tendo sonhos, honestidade e vida nas vidas de hoje. Voce tem?
Muitas indagacoes estao sendo feitas, nao eh mesmo? Me desculpe, prometo que a partir de agora te darei mais linhas para pensar antes de lancar a proxima pergunta.
Eh realmente engracado o fato de sempre apagarmos a nos mesmos. Usamos roupas para esconder nosso corpo. Usamos cera quente para esconder nossos pelos. Usamos maquiagem para esconder nosso rosto. Usamos a etiqueta para esconder nossa alma. Usamos a sociedade para esconder nosso ser. Usamos a morte para esconder nossa vida. Usamos nos mesmos para esconder nossa existencia.
Tudo isso parece servir muito bem quando nos olhamos no espelho. Tudo isso eh a garantia do futuro brilhante nas normas da sociedade. Vestir-se bem eh sentir-se bem, porque voce eh o que voce veste. Voce eh o que voce come. Voce eh o que voce faz. Voce nunca eh o que voce eh. Sera? Temos que lembrar que so vemos o que queremos ver. A imagem refletida no espelho eh a parte que queremos ver de nos mesmos. E quando nao queremos ver, descobrimos maravilhas capazes de nos transformar naquilo que sonhamos. Com o tempo nos acostumamos a isso, esquecemos quem somos. Com o tempo viramos isso, nom somos mais quem somos. Com o tempo, toda a nossa personalidade passa a ser questao de vestimenta e ocasiao.
Se um local pede uma pessoa sofisticada, em poucos minutos o somos. Se uma entrevista pede uma pessoa culta, em poucos livros o somos. Se uma festa pede uma pesssoa notavel, em poucos olhares o somos. Se a sociedade pede uma pessoa vivida, em poucas viagens o somos. Se a vida pede uma PESSOA, em poucos lugares o somos.
E eh claro que com os enconderijos do ser tao bem armados, acabamos nos escondendo de nos mesmos, assim, sem querer. Somos tanta coisa que acabamos nao sendo nada. Um nada repleto de vazios.
E para esconder isso, adivinha o que temos? Mais vestimentas! O problema eh que elas nao me interessam.
Mas deixa isso para la. Porque realmente nao quero falar sobre mim. Nem sobre minhas ideologias. Vamos falar sobre seres. Quem voce esta vestindo? Ou melhor: quem voce eh?
by Luiza Chiesa (foxy lady)
domingo, 28 de junho de 2009
Assim caminha a humanidade.
Eu convivo bem com pessoas diferentes de mim, sou paciente e sei procurar o melhor em cada pessoa evitando enxergar apenas o lado ruim de cada uma delas, mas me digam, o que fazer quando se está no meio de um grupo de meninas onde, de 10 palavras 20 são relacionadas à homens gostosos? Não consigo engolir, muito menos entender o motivo por alguém ser tão apegado a isso. Sim, ISSO, porque sinceramente, na minha opinião (só minha, de mais ninguém, que eu comprei com os MEUS dólares) a vida é muito mais do que só isso.
Não, não me assustei com a situação, apenas tive pena, pena de pensar que esse é o futuro do mundo e que pessoas que pensam como eu são partes da minoria. Já dizia o Danilo: Liberdade confundida com pornografia.
sábado, 27 de junho de 2009
Falando por falar
Minha mãe fala que eu sou bonita, linda e meu pai também. Meu pai fala por falar, ele nunca reparou muito. Ele é homem!
As pessoas (que não só os homens) têm disso, falam por falar. Falam por falar que a natureza é bonita, linda, sem nem reparar muito. São todas iguais, e no final, todas homens.
Mas eu reparo, quer dizer. Reparei. Nessa volta da escola mesmo... estava eu pensativa, quando um morro, mesmo morro que já passei tantas outras vezes, ganhou beleza e forma indescritível, e eu? Tive que parar para olhar!
E as pessoas ficaram me olhando olhar para o morro, que por sua vez olhava para mim com o canto do olho para ter certeza que eu o olhava e então, magicamente se exibir. Ele começou então a dançar com o vento e eu me pus a andar.
Foi naquele momento (que se passou há minutos atrás) que eu quis fazer todo o caminho de novo para ver os outros morros dançantes que eu passei sem deixá-los se exibir. Sabe, é que eu moro em uma cidade do interior de São Paulo cercada por morros...uma barreira e tanto!
Uma vez um garoto do Canadá veio fazer intercâmbio justo aqui. Quando ele viu um cavalo andando no meio da rua ele se desesperou e gritou: "A horse! A horse!” inúmeras vezes.
Aqui onde eu moro é tudo assim, estilo cavalo no asfalto e texto sem meio e fim. Cidade pacata no meio de vidas movimentadas.
Pergunto eu se você entende como é isso. Você é claro dirá que sim. Mas um caso perdido: você também fala por falar.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
domingo, 21 de junho de 2009
Bem vindos a civilização.
Muitos não gostam do que escrevo. Dizem que o que eu faço não é ciência; é literatura. É verdade. Mas o que me aborrece é que essas pessoas que não gostam, pensam que somente a ciência tem dignidade acadêmica. Mas o que diriam se eu utilizasse da minha literatura para explicar algo que a ciência deles não concretiza?
Fabricamos artefatos caríssimos que mata, mutila, e que destrói nosso próprio habitat. Afinal, somos valentes, não é mesmo?
Trabalhamos duro e abdicamos de algumas coisas para, finalmente, comprarmos nosso carro dos sonhos; aí vem o médico e diz que temos que andar a pé para o melhor funcionamento do nosso corpo, e em seguida o chefe, somos demitidos por chegarmos atrasados, conseqüência do transito.
Uma mentira secular de trabalhar para viver, e uma rotina angustiante de viver para trabalhar.
E nós evoluímos?
O sangue e o suor os povos do mundo inteiro são oferendas colocadas no altar do Deus dinheiro.
Fabricamos uma ave de aço que seria usada pra encurtar distancias e aproximar os povos, mas, como somos evoluídos, passamos a usá-la pra matar nossos semelhantes.
E nós evoluímos? Ou infelizmente retrocedemos?
Acreditando ou não, é incorreto dizer que respostas movem o mundo, quando na verdade são os questionamentos e reflexões responsáveis por esse acontecimento.
A vida é parte de um mistério e ela simplesmente não para, nem mesmo para sermos mais humanos, nem mesmo para procurarmos a cura do mal, que em base de loucura é dada como algo normal. O mundo gira cada vez mais veloz, a gente espera dele e ele espera de nós somente um pouco mais de paciência.
Será que é tempo que falta para percebermos? Será que temos esse tempo pra perceber?
sexta-feira, 12 de junho de 2009
Mas agora...
by Luiza Chiesa (foxy lady)
Hoje
Finalmente lembrei que deveria fazer este texto, e, sem muita inspiração, comecei a narrar meu breve dia. O motivo deste início eu também não conheço, mas talvez ele faça sentido em alguma parte do texto.
Quando lembrei que deveria escrever, tive a certeza de que seria uma viagem para dentro de mim mesma, e já que estou aqui, vou realmente aproveitar essas linhas para me virar do avesso. Vamos começar perguntando o que transformou Luiza Borba Chiesa em nada menos do que eu mesma.
Hummmm... tanta coisa! Cores, ritmos, estilos, cheiros, conselhos, conversas, momentos, pensamentos, reflexões, amigos, filmes, bagunça, arrumação, broncas, prantos, risos, gargalhadas, flores, sol, e arco-íris. Tudo isso sem dúvida resultou nesse fragmento da humanidade que sou. Mas também tiveram os "momentos clarões".
Aqueles momentos em que algo te dá um tapa na cara, te acordando para a vida. Você sem reação enquanto a coisa acontece, imerso em pensamentos. Então você se lembra da vida e tenta tomar uma atitude sensata.
Me recordo de vários aprendizados que obtive em casos parecidos. Só que na maior parte das vezes essa é a única coisa de que consigo me lembrar. As lições que vêm destes tapas na cara andam comigo sempre e estarão comigo por toda a minha vida, mas os tapas na cara são inconscientemente apagados sem que a minha vontade assim permita.
Claro que não é sempre assim. Quando a aprendizagem é a vida de uma pessoa, me lembro da pessoa. Quando é de um livro, posso dizer com clareza qual é. O defeitinho só se manifesta nos momentos.
De certo modo estou sempre aprendendo, tiro uma lição de tudo. Sinto que agora as minhas lições giram em torno da Terra - como a lua- estou acordando para o mundo.
Faço viagens para dentro de mim mesma sempre que preciso ( e eu preciso muito). Nada mais justo do que falar delas num texto. Neste texto.
Minhas últimas descobertas foram que eu gosto de mim mesma, admiro minhas qualidade. Gosto do jeito com que lido com as pessoas quando preciso... lidar com elas! Não esqueço meus defeitos porque enxergo muitos. Penso que isso é igual a um arquiteto que constrói um prédio lindo. Todos que passam pelo prédio dizem: "Oh, que prédio lindo!". Mas o arquiteto quando o vê se dapara com todos os defeitos e vê o prédio horrível. Não é nada demais, só que como ele conhece os defeitos muito bem, ele imagina tudo muito pior do que realmente está. Ele tenta imaginar o que os outros estão vendo, e vê uma imagem retorcida. Como um espelho molhado.
Gosto de me sentir útil, por isso eu sempre quero estar fazendo coisas, o que explica o fato de eu me sobrecarregar. Tem também o fato das pessoas contarem comigo, por exemplo em qualquer coisa que eu faça em grupo, as pessoas ficam sempre pedindo ordens, perguntando o que fazer.
Poderia escrever um livro inteiro sobre o que ainda tenho para falar, mas odeio cansar os leitores com bobagens. Isso me cansa também, e como o dia mal começou, não posso me cansar.
Vou parar de escrever. Lembrei que dia é hoje.
by Luiza Chiesa (foxy lady)
quarta-feira, 10 de junho de 2009
quarta-feira, 3 de junho de 2009
Sobre Tragedias e Desgraças
Depois ainda me perguntam porquê eu tenho minhas duvidas sobre religião..